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sábado, 28 de maio de 2011

O que esperar de uma Avaliação de VO2?


Caros amigos, alunos e colegas, estou aqui prestes a realizar mais uma avaliação funcional, para sermos mais específicos, uma avaliação de predição de consumo máximo de oxigênio, ou avaliação de predição de VO2máx. Temos que nos atentar que o VO2 é um trabalho conjunto de três grandes sistemas, são eles o Cardiorrespiratório, Circulatório e Metabólico. Quando vamos avaliar devemos ter em mente qual protocolo iremos usar, muitos profissionais preferem protocolos máximos de esforço, na esperança que este método lhe dirá, em números, qual é a capacidade aeróbica, mais fiel, do avaliado. Porem temos que tomar cuidado pois protocolos máximos só devem ser realizados em ambientes controlados, com equipamentos de suporte a vida e de preferência por um médico. Por isso devemos realizar protocolos submáximos. Para aqueles que questionam o que é máximo ou submáximo devemos ter em mente que máximo é de 90 - 100% FC, VO2 etc, e submáximo é abaixo deste valor, geralmente adotamos 85% FC reserva, pois nesta intensidade de esforço já conseguimos reunir parametros inmportantes para o cálculo do VO2 de forma adequada, mais isto não é o assunto da vez e sim "o que esperar de uma avaliação de VO2?". Quando avaliamos nosso aluno esperamos que obtenha um VO2 "excelente", "médio", "abaixo da média" ou "ruim" e esquecemos de observar outros parametros fisiológicos que nós dá uma boa noção de como está este aluno, como a resposta da Frequência Cardíaca (FC), da Pressão Arterial (PA) e a Fadiga Muscular (FM) também usados como parametros para a interrupção do teste. Bem quando um aluno faz um teste submáximo estabelecemos uma frequência máxima limite para o teste, um fator de segurança, no caso do meu avaliado vou utilizar o teste de corrida em esteria do American College Sports of Medicine (2006) que estima o VO2 máximo através de equação de regressão (assunto para outro post) pois bem vamos imaginar que este aluno faça o teste e que ele ultrapasse o limite da FC máx preconizada para o teste e a PA não corresponda ao esforço exigido ou ultrapasse o valor preconizado, então temos o seguinte parametro de informação: ele até teria capacidade muscular para suportar o esforço mais, não teve capacidade hemodinâmica e respiratória para suportar o esforço. Reparem que com essa informação já começamos a ter dados para nos orientar a prescrição do exercício. Vamos pensar agora que o esforço do nosso aluno foi dentro dos padrões hemdinâmicos estabelecidos para o teste, ou seja, a FC e a PA estão adequadas em relação ao esforço do teste mais, ele não consegue executar o teste porque entrou em fadiga muscular (FM). O processamento energético no músculo esqueletico foi inadequado, ou seja, do ponto de vista Cardiorrespiratório ele está adequado o problema é a nível muscular. Observem quantos detalhes foram obtidos até agora e nem chegamos ao valor do VO2 do nosso aluno. Quando obtivermos o valor máximo de VO2, 100% VO2, devemos correlaciona-lo com valores em %FC pois este é um melhor parametro para  controle do exercício. Portanto podemos observar que o teste de VO2 além quantificar a capacidade máxima aeróbica do nosso aluno seja em L/min ou ml/Kg/min, ele nos fornece informações sobre os sistemas Cardiorrespiratório e Metabólico de nosso aluno.

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